Os principais golpes na venda de carro usado pela internet

13/04/2021
  • Compartilhe:
Golpistas usam a internet para roubarem

É verdade que a internet trouxe grande praticidade para quem pretende comprar um produto ou contratar um serviço. Mas junto com toda facilidade que sites e aplicativos oferecem, vêm também o risco de tomar um golpe. Não por acaso algumas delegacias de crimes virtuais têm registrado um aumento considerável de golpes online, principalmente após o início da pandemia, quando houve uma necessidade maior de procurar por atendimento e compras online.

Quando o assunto é compra e venda de veículos não poderia ser diferente. Estelionatários digitais têm sido criativos e conseguido roubar o dinheiro de muitos compradores com ações que ocorrem 100% no ambiente digital ou então que ao menos começam nele. Por isso, listamos abaixo os principais golpes na venda de carro usado pela internet para ajudá-lo a não sair no prejuízo.

Os principais golpes na venda de carro usado pela internet

O golpe do intermediário é um dos mais recentes e um dos mais complexos. Pelo tamanho da dificuldade, muitos envolvidos nem desconfiam que pode se tratar de um golpe.

Na prática, o golpista engana duas pessoas ao mesmo tempo: o comprador e o vendedor do carro. Ele escolhe um anúncio de um veículo qualquer e faz contato com o proprietário real do carro, fingindo estar interessado em comprar o carro. Depois de colher detalhes sobre o carro, o fraudador anuncia o mesmo veículo, como se ele fosse o proprietário, usando os dados que pegou na conversa com o dono e as fotos que copiou do anúncio original.

Quando um comprador sinaliza interesse de compra pelo anúncio fake, o estelionatário articula um encontro entre o dono oficial e o comprador.

Para que nenhum dos dois suspeite que estão caindo em uma fraude, o golpista inventa uma história para cada um. Para o dono do carro ele informa que um ex-funcionário da empresa dele (o comprador real) vai ver o carro para ver se gosta. Se o veículo for aprovado, o suposto patrão irá comprá-lo para indenizar seu ex-colaborador devido a uma ação trabalhista, porém para isso a única coisa que o dono do carro não pode fazer é informar o valor que o carro será vendido.

Já para o comprador, o bandido diz que o carro pertence a um parente que está devendo dinheiro para ele e que, por isso, o carro foi colocado à venda.  Para que a farsa não seja desfeita, o golpista pede para que o cliente não mencione que sabe que eles são parentes e nem o preço que está sendo ofertado.

Dessa forma, tanto vendedor quanto comprador (que são pessoas de boa-fé) se encontrarão apenas para o carro ser vistoriado, sem trocarem muitas informações. Caso o futuro dono aprove o veículo, já fica combinado de ele pagar um sinal ou até mesmo o valor integral ao intermediador, que ao receber o dinheiro irá desaparecer.

Adulteração da fachada

Outra forma bastante comum e mais simples de ludibriar compradores tem sido a adulteração virtual da fachada de algumas lojas. Para isso, o golpista tira uma foto de uma fachada ou então copia da internet e usa recursos de edição de imagem para mudar o nome da loja e para incluir o telefone celular dele na vitrine, dando a entender que o número particular é o oficial da revendedora.

Dessa forma, o falso vendedor faz anúncios de veículos na internet se passando por uma loja ou concessionária séria, exibindo foto da fachada da loja adulterada e até mesmo cartões virtuais inventados.

Acreditando estar conversando com uma pessoa honesta, o comprador paga um sinal ao “vendedor” para que ele não venda o carro para outra pessoa que também está muito interessada. Quando chega no endereço da loja para concretizar o negócio, o comprador descobre que não existe carro e muito menos o vendedor.

Falso pagamento

Nesse caso, o golpista vê o anúncio de um veículo e faz contato com o dono. Ele age como um cliente normal, agenda um encontro presencial para conhecer o automóvel e passa a demonstrar interesse e a fazer perguntas típicas, como histórico de revisões e de possíveis batidas, entre outras.

Depois de ir embora para “pensar” na negociação, o estelionatário liga para o proprietário informando que vai ficar com o carro e que irá depositar ou transferir o dinheiro. A única observação que ele faz é que tem uma viagem urgente e gostaria de pegar o carro no mesmo dia.

Para isso, ele envia um comprovante de depósito feito com envelope vazio ou então um comprovante de transferência digital com informações forjadas no computador. Acreditando no pagamento e na urgência do “cliente”, o dono do automóvel entrega o veículo com o documento de transferência assinado e acaba perdendo o carro sem receber nenhum valor.

Golpe da oportunidade

Esse é um dos golpes mais conhecidos, mas que continua fazendo diversas vítimas. O bandido anuncia um veículo com um preço muito abaixo do mercado “pois precisa pagar uma dívida com urgência”.

Impressionados com a oportunidade, vários compradores fazem suas ofertas para ficar com o carro. O vendedor, então, explica que já tem outra pessoa interessada, mas que se o cliente depositar um sinal o carro será reservado para ele.

Golpe do carro alugado

O golpe do carro alugado funciona da seguinte forma: o golpista aluga um automóvel em uma locadora, falsifica documentos para se fingir que é o dono do carro e vende o veículo para outras pessoas. Quando a locadora identifica que o carro não foi devolvido, o mesmo já está circulando na rua com o novo dono, que na maior parte das vezes não suspeitou da procedência do carro.

Em alguns casos, esses veículos também são comprados por motoristas de aplicativos que adquirem o carro por um preço abaixo do mercado ou até mesmo por traficantes.

Consulta de placa

Uma das formas mais seguras e baratas de identificar que o automóvel tem indício de furto ou roubo é por meio da consulta de placa usando serviços como o Carzen. A verificação também aponta a possibilidade de remarcação de chassi e clonagem de motor, dados originais do carro e históricos de leilão, além de dados de mercado como desvalorização e valor da tabela Fipe.

Comentários(0)

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *