Carros híbridos ainda podem ser considerados uma raridade em nossas ruas, porém seus números de vendas seguem um crescimento constante e apontam uma tendência para os próximos anos. Com a atual alta do preço dos combustíveis, esse tipo de carro ganhou maior visibilidade, já que muitos são capazes de entregar uma média de 20 km/l na cidade. Mas, afinal, como funcionam os carros híbridos e por que são tão econômicos?
Modelos híbridos basicamente usam uma combinação de motores para rodar. Normalmente, um dos motores é a combustão (à gasolina ou flex) e o outro é elétrico.
Em alguns sistemas híbridos, o motor elétrico pode ser 100% responsável por tracionar o carro, enquanto o motor a combustão tem o papel de gerar energia para recarregar a bateria do motor elétrico.
Já outros, podem usar ambos propulsores para tracionar o veículo, gerando uma combinação de potência e torque enquanto o motorista acelera.
Seja de uma forma ou de outra, o diferencial dos carros híbridos disponíveis no Brasil está na motorização elétrica, a principal responsável pela queda de consumo de combustível.
Outro ponto que muda de acordo com o modelo é o sistema de recarga dos carros híbridos. Existem os híbridos convencionais (ou leves) e os híbridos plug-in.
Os primeiros não dependem de um ponto para recarregar a bateria do motor elétrico. Eles utilizam fontes próprias para recarga, como o motor a combustão, a frenagem e a desaceleração do veículo
Por sua vez, os híbridos plug-in utilizam uma tomada para que suas baterias sejam recarregadas, o que pode ser feito em estações de recarga nas ruas ou em casa. Justamente por precisarem de uma infraestrutura pouco comum no Brasil, os híbridos plug-in são mais raros nas concessionárias de carros 0 km.
Para ficar mais claro, podemos pegar um Toyota Prius como exemplo. Ele é equipado com o sistema híbrido convencional, ou seja, usa energia gerada pelo carro para recarregar.
Em baixa velocidade, o motor elétrico é quem irá comandar as rodas enquanto houver bateria – no caso do carro japonês, ela tem uma autonomia de relativamente baixa, de cerca de 2 km.
Por isso, os carros híbridos são muito econômicos na cidade, onde os motoristas se deparam com trânsito intenso e ruas com velocidade máxima menores do que na estrada. É no circuito urbano onde esses veículos chegam a fazer 20 km/l com gasolina ou mais, dependendo do carro e do modo de condução do motorista.
Já durante uma viagem, o motor a combustão passa a operar na maior parte do tempo, o que leva o consumo de carros híbridos como o Prius aos níveis normais de qualquer carro flex da mesma categoria.
Outro exemplo é o Volvo XC40 híbrido, que por sua vez usa o sistema plug-in. Ele combina um motor 1.5 turbo com outro elétrico, mas sua bateria tem carga suficiente para fazer o modelo sueco rodar por 45 km apenas usando o propulsor eletrificado.
Os carros híbridos fazem parte da tendência de eletrificação do mercado automotivo. Eles são considerados um caminho para que mercados menos estruturados como o Brasil possam se preparar para a consolidação dos carros elétricos – tidos como um caminho sem volta por muitos especialistas e até mesmo pela própria indústria.
Tanto os números de vendas, quanto as montadoras sinalizam que esse tipo de veículo terá cada vez mais espaço nas garagens dos brasileiros. De acordo com dados da Bright Consulting, enquanto em 2019 foram vendidos 10.565 unidades de modelos híbridos, em 2020 foram 18.553, aumento de 75,6% em um mercado que sofreu uma forte queda devido a pandemia de Covid-19.
Volvo, BMW, Jaguar, Lexus e Toyota são exemplos de marcas que vendem opções híbridas por aqui. Vale ressaltar que quase 90% dos faturamentos são da Toyota e da Volvo.
A Volkswagen é outra fabricante que já aposta na eletrificação de sua linha no Brasil. Segundo o presidente da Volks na América Latina, Pablo Di Si, a marca alemã lançará 60 híbridos no mundo nos próximos anos e o mercado brasileiros faz parte dos planos, com uma possível combinação de motores a combustão (inclusive a álcool ou flex) e elétricos.
Um ponto polêmico que ainda não possui resposta clara está na revenda dos carros híbridos. Isso porque ainda não existem muitas experiências de troca no mercado e não se sabe ao certo quanto tempo suas baterias vão durar.
Não por acaso, as montadoras oferecem garantia de fábrica para suas baterias superior a 7 anos, com o objetivo de gerar maior segurança ao comprador do 0 km e aos próximos donos.
Por isso, sempre verifique quanto tempo de garantia possui o modelo híbrido que tem interesse e, se for usado, consulte se a bateria ainda possui garantia ativa.
Para quem pretende comprar um carro usado com tranquilidade, nada melhor do que conhecer o histórico dele e detalhes como passagens por leilões e possíveis restrições judiciais. Para evitar dores de cabeça na sua compra, use um dos planos do Carzen, serviço de consulta de placas que possui um banco de dados completo para garantir mais segurança na sua negociação.
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