Poucas pessoas sabem, mas existem diversos tipos de leilão de veículos. E conhecer os detalhes de cada um deles pode ser fundamental para quem deseja dar um lance para adquirir um automóvel ou moto que dê tranquilidade em vez de trazer problemas. Por isso, listamos os principais tipos de leilão de veículos e seus detalhes para você fazer uma compra mais segura e evitar dores de cabeça.
Existem basicamente quatro tipos de leilão no setor automotivo e cada um possui características próprias. São eles: leilões de recuperação financeira, de montadoras, de seguradoras e do Detran ou Órgãos Públicos.
Para quem pretende adquirir um carro ou moto, os leilões de financeiras costumam ser os mais visados. Neles os bens disponíveis para arremate têm uma alta chance de apresentarem boa qualidade, principalmente quando comparados aos leilões do Detran e aos de seguradora.
A explicação é simples: os carros são leiloados pois seus antigos proprietários não quitaram suas dívidas geradas por meio de um financiamento ou consórcio, por exemplo. Isso dá direito ao banco ou à administradora do consórcio que concedeu o crédito a solicitarem a apreensão do veículo para que o mesmo seja vendido (por meio do leilão), diminuindo ou anulando o prejuízo que poderiam ter.
É por isso que os automóveis disponíveis nessa categoria de leilão costumam ser uma boa opção de compra, já que a chance de terem sofrido uma colisão ou de estarem danificados a ponto de comprometer seu bom funcionamento é muito menor.
O leilão de montadoras é outro tipo que é bastante visado pela qualidade de seus produtos, porém, ao contrário do leilão de financeiras, ele ocorre com menor frequência. Geralmente, os carros disponíveis encontram-se em bom estado, já que os fornecedores são as próprias fábricas.
Eles são automóveis geralmente usados por alguns colaboradores da empresa, pelo marketing em suas ações comerciais, frota para jornalistas e produtores de conteúdo testarem e publicarem suas avaliações ou ainda oriundos de recompra (devido a ações movidas por clientes, por exemplo).
Daí a razão de também serem boas opções, afinal, até mesmo carros que um dia apresentaram problema podem ser uma oportunidade de compra, tendo em vista que a própria fábrica foi a responsável pelo reparo e pela manutenção.
No caso do fechamento de fábricas, como aconteceu com a Ford, as montadoras também podem usar os leilões para colocarem à venda algumas unidades de sua frota.
Os leilões do Detran e de outros órgãos públicos já oferecem um risco maior para os compradores, mas ainda assim é possível encontrar veículos de boa procedência.
Nesse caso é importante analisar os cenários. Vamos considerar veículos apreendidos em blitz pois não estavam com o licenciamento e IPVA pagos. Eles até podem estar em boas condições para rodar, mas também se deve levar em consideração o alto risco de problemas mecânicos e elétricos, já que se o antigo dono não tinha condições de pagar os impostos, provavelmente também não tinha condições de arcar com revisões preventivas ou corretivas.
No caso de leilões de outros órgãos públicos (Justiça Federal, Estadual, Justiça do Trabalho, entre outros) também existem riscos. Ainda assim, são bons caminhos para encontrar uma boa oportunidade para arrematar um veículo em bom estado de conservação.
Exemplo disso são leilões originados por ações trabalhistas, nos quais os bens penhorados visam pagar dívidas trabalhistas determinadas pela justiça. Com isso, pode ser que o veículo tomado do empregador esteja em bom estado de conservação, com poucas ou sem avarias – o que dificilmente ocorre em leilões de seguradora, como veremos a seguir.
É no leilão de seguradora que se deve ter maior cuidado. É, sim, possível encontrar bons produtos nele, porém para fazer a escolha se faz necessário descobrir a origem do veículo (furto/roubo, enchente, colisão) e ter noções básicas sobre as classificações das batidas.
São três categorias de colisão: pequena monta, média monta e grande monta. Nessa sequência essas estão organizadas pela gravidade do sinistro, o que pode ajudar na hora de escolher o automóvel certo.
Quando a colisão é classificada como pequena monta ela foi leve ao ponto de não prejudicar a rodagem do veículo. Esses são os carros mais cobiçados quando nos leilões de seguradora, até porque além de estarem em bom estado, também não oferecem grande risco de terem o seguro recusado.
Se encontrar um veículo de média monta, deve-se ter em mente que ele teve sua estrutura danificada e que precisará ser reparado seguindo normas técnicas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). O veículo precisará ser vistoriado por um perito que, se aprovar o reparo realizado, vai autorizar a emissão do Certificado de Segurança Veicular (CSV), documento necessário para o carro voltar a circular.
Por fim, veículos que se enquadram em colisões de grande monta devem ser considerados sucatas, ou seja, seu destino deve ser o ferro velho e similares. Eles não podem retornar às pistas. Por isso, em um leilão de seguradora, nunca dê lance em veículos classificados como sucata, mesmo que por fora ele pareça estar em bom estado.
Com frequência, vendedores de veículos anunciam carros comprados em leilão sem a devida transparência. Por isso é importante contar com serviços de consulta de placas como o Carzen, que além de usar uma base 100% segura e legal, oferece informações sobre histórico de leilão do carro, indícios de sinistros, dados originais, sinais de clonagem de motor, entre outros dados que irão evitar problemas futuros para o comprador.
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