Quais as diferenças entre câmbio automático e automatizado

21/06/2021
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quais os diferentes tipos de transmissão

Para muitos condutores, dirigir sem trocar a marcha do carro é um sonho de consumo. O que poucos sabem é que os carros que não possuem o pedal da embreagem podem usar diferentes tipos de transmissão que possuem estruturas e comportamentos próprios, o que torna importante entender quais as diferenças entre câmbio automático e automatizado.

Quais as diferenças entre câmbio automático e automatizado

Primeiramente, vale lembrar que a transmissão cuida da variação de velocidade das rodas motrizes, que são aquelas responsáveis por fazer o carro andar. A maioria dos carros de passeio no Brasil são 4×2 com tração dianteira, portanto são as rodas da frente que colocam o veículo em movimento.

No mercado de carros novos e seminovos brasileiro a transmissão manual ainda é a dominante. Ela contém, entre outros componentes, uma coleção de pares de engrenagens que exigem o acionamento do pedal da embreagem para realizar a troca de marcha. Por isso, sempre que há necessidade de mudança de marcha em um carro com transmissão manual acontece uma desaceleração, dando a sensação de um leve “tranco” para quem está a bordo. 

Já quando falamos em carros sem o pedal da embreagem estamos nos referindo a modelos que podem ser automáticos ou automatizados.

A transmissão automatizada, assim como a automática, oferece a comodidade de trocas de marcha sem que o condutor precise acionar a embreagem, ou seja, existem apenas os pedais para aceleração e frenagem.

Porém, esse tipo de carro ainda é equipado internamente com a embreagem, que por sua vez continua tendo a necessidade de ser acionada no momento da alteração de marcha. Por isso, um robô instalado próximo ao motor é o responsável por acionar a embreagem quando for necessário efetuar as trocas de velocidade. Daí o motivo de algumas pessoas também chamarem esse tipo de câmbio como “robotizado”.

Na prática, a automação entrega a comodidade de descansar a perna esquerda durante a condução, porém devido aos pequenos trancos típicos de um carro manual (já que a embreagem continua sendo acionada nas mudanças de marcha) algumas pessoas sentem certo desconforto.

Câmbio automático

No caso do câmbio automático, o papel da embreagem é substituído por um componente chamado conversor de torque. É ele um dos responsáveis por realizar as trocas de marcha e também por não deixar o motor “morrer” quando estiver parado em um semáforo, por exemplo.

O conversor de torque proporciona trocas muito mais suaves, rápidas e quase imperceptíveis, o que gera um conforto maior quando comparado aos automatizados. Vale ressaltar que por se tratar de um sistema mais moderno e sofisticado, sua manutenção é mais cara (caso venha a apresentar problema) e o consumo de combustível também costuma ser mais elevado que o do sistema robotizado.

Automático tipo CVT

Para não passar em branco, existe um tipo de câmbio automático chamado de CVT (sigla em inglês para  Transmissão Continuamente Variável). Essa categoria está cada vez mais popular, também usa conversor de torque, e tem como uma das principais características gerar maior economia de combustível e não possuir um sistema de troca de marchas.

Assim, esse tipo de transmissão oferece um conforto diferenciado porque o carro acelera sem repassar aos passageiros sinais de troca de marcha. É similar ao que acontece, por exemplo, em um avião, que simplesmente ganha velocidade até decolar, sem que haja trancos devido a mudanças de marcha.

Para deixar mais claro, vale outra comparação. Carros automáticos “convencionais” possuem engrenagens que vão realizar as trocas de marcha juntamente com outros mecanismos. Podemos fazer uma comparação com as engrenagens das bicicletas, que são ligadas por uma corrente que, quando se move, altera a força e a velocidade.

Automóveis com transmissão CVT usam polias com diâmetro variável que são unidas por uma correia. É como se no lugar das engrenagens das bicicletas existissem cones. Nesse cenário, não existe o movimento de pular de uma engrenagem para outra (como uma transmissão automática), já que a correia desliza pelo cone de forma suave.

Disponibilidade no mercado

Hoje, os modelos com transmissão automatizada praticamente saíram do mercado de novos, sendo agora encontrados nas lojas de carros usados. Alguns exemplos  populares são os Fiat Palio, Punto, Stilo, Mobi, Uno, Linea, os Volkswagen Gol, Voyage, Fox e Up e os Renault Sandero e Logan, entre outros.

No caso de carros automáticos, a disponibilidade está crescendo tanto em novos quanto em usados e está cada vez mais ampla, sendo possível encontrar opções à venda em segmentos mais acessíveis que os de carros premium, como visto nos modelos Hyundai HB20, Chevrolet Onix, Fiat Argo, Volkswagen Gol, Toyota Yaris e outros similares.

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